terça-feira, 7 de junho de 2011

Ordinarice

Ninguém imagina que eu simpatize, politicamente - e até pessoalmente - com Paulo Portas. Mas tenho algum sentido das maneiras e da elegância de discussão, embora veja que as pessoas, mesmo educadas, estão tão zangadas que se portam como alarves intelectuais, perderam o sentido mínimo da racionalidade e da objetividade.
O que hoje fez Ana Gomes é de uma baixeza inaudita. Diz a senhora, que parece estar a fazer renascer em si o primarismo mental e ético do seu passado MRPP, que Portas não tem idoneidade política nem pessoal (!) para estar no governo. Quanto à idoneidade política, fala nos submarinos e até aí muito bem. Quanto à idoneidade pessoal, alude sibilinamente a Strauss Kahn e continua dizendo que um provável MNE é muito vulnerável a chantagens de serviços secretos estrangeiros. Diz que "é uma posição particularmente vulnerável quando há aspectos questionáveis de comportamento pessoal". E lá vai dizendo que sente ser seu “dever de cidadania dizer aquilo que muitos sabem e calam”.
Toda a gente percebe do que ela está a falar. Mas é ordinarice. O nível a que chegou a política! 

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