sábado, 19 de março de 2011

Desvalorização pelos salários


Vou, como aqui tanta vez escrevi, pela opinião dos economistas (principalmente americanos, porque infelizmente os europeus ainda vão maioritariamente pelo toque de corneta prussiana) que acham que a competitividade da economia alemã - e dos seus apêndices - se deve, na impossibilidade de utilização dos instrumentos cambiais, à desvalorização do fator trabalho. Será isto posição de antigermanismo primário, de que já me acusaram? Será que essa desvalorização interna não é verdade?
O quadro acima, que fui buscar a Paul Krugman, é eloquente. Alguém fica com dúvidas sobre a evolução dos custos do trabalho (tendo em conta o fator desemprego)? Ou o Nobel conferido a Krugman premiou um idiota neo-keynesiano e anti-ultraliberalismo? 
Há uma coisa comum entre a mitologia económica alemã e coisa deles mais próxima de mim biólogo, o remorso e o medo irracional do passado. Quanto à biologia, refiro-me a toda a visceral objeção alemã à inovação biotecnológica, à aprovação pela UE de meios comprovadamente seguros, testados já em todo o mundo, para resolução do grave problema alimentar que ameaça o mundo, principalmente o mundo mais pobre. É o complexo da “eugenia”, da genética nazi, que lhes ficou. Quanto à economia, a memória pânica do pesadelo da inflação de milhares por cento ao ano, nos tempos de Weimar.
Por isto, o BCE, que de independente nada tem e também marcha em ordem unida, avisou logo de um aumento da taxa de juro ao primeiro sinal de risco de um pequeno aumento da taxa de inflação. Quanto vamos pagar, os periféricos, por esse aumento da taxa de juro? E, para manter a competitividade, como vai evoluir com isto a curva mostrada por Krugman?

Nota final - Não sei compreender os dados de 2008 e 2009. Alguém versado em economia me explica e aos meus leitores?

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