Acabei de ouvir com atenção Teixeira dos Santos, principalmente com a expetativa de ver resolvida uma dúvida que me ficou da leitura do acordo, talvez por ainda só o ter feito na diagonal. Vamos receber 78 mil milhões de euros, a pagar a três anos. Qualquer homem comum que peça um empréstimo é tolo se não souber logo que juro vai pagar. Parece que o governo e os seus partidos amigos vão assinar hoje o acordo, comprometer-se a pagar o que agora vai ser emprestado mas sem saber a que taxa de juro. Não dá p'ra acreditar!
P. S. (11:50) - Afinal, foi preciso esperar pela conferência de imprensa da santíssima trindade: entre 3,25 e 4,25%, a progredir ao longo do prazo do empréstimo e em função da variação das taxas gerais do mercado. Certamente muito melhor do que as taxas a que têm estados sujeitos os leilões de dívida desde há quase um ano para cá. Mas resta saber se, como na Grécia, não vai ser necessário continuar a recorrer fortemente a emissões de dívida, mesmo com este resgate, e se os compradores dessa dívida vão baixar os juros acompanhando a taxa do resgate. Não é o que se está a ver na Grécia e na Irlanda.
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