Está disponível na net, para subscrição, uma iniciativa legislativa de cidadãos, com uma proposta de “lei contra a precariedade”. Claro que vou subscrever. É pena que não possa ser “online”, mas são os formalismos legais.
Algumas pequenas notas. Primeiro, pequenas propostas de alteração que eu e outros fariam, eu porque tenho dúvidas pontuais e de pormenor, só iriam ser pau na engrenagem e, aliás, em tempos de guerra não se limpam armas. Segundo, foi precisa a iniciativa dos grupos difusos que, depois do 12 de março, estão a confluir para um movimento mais organizado e mais eficaz, porque os partidos de esquerda não conseguiram propor tão simples lei. Terceiro, é um exemplo, sem demagogia ou populismo, de democracia real (prefiro a expressão à mais duvidosa “democracia direta”).
É fácil adivinhar-se que a proposta não passará. É fácil anteciparem-se todas as críticas acomodadas, de que tudo o que for agora contra a “flexibilidade” do mercado de trabalho vai contra o objetivo essencial de redução da dívida, redução esta por maior movimento de exportações com maior competitividade e “desvalorização interna”. Mas nunca a quase certeza da derrota me fez desanimar, muito pelo contrário. E, afinal, no dia 25 de Abril de 1973 (1973, não é gralha), não havia quase a certeza de ainda muitos anos de repressão e guerra?
A tempo: e "a coisa" está a crescer! Agora são "os 74 nascidos depois de 74". Leiam!
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