quinta-feira, 21 de abril de 2011

Cada um pode dar o exemplo

Em greve original, surrealista, eu, se fosse funcionário público, recusava a benesse demagógica da tolerância e ficava hoje à tarde a trabalhar (5ª feira), assim como vou trabalhar para a minha instituição privada, bem como a minha mulher para o seu "patrão" empresa multinacional que até tem uma verdadeira política estimulante e recompensadora de pessoal, sem oferecer amendoins destes (porque é que te demitiste da função pública, há um mês? Não podias ter esperado um pouco, estavas hoje à tarde no remanso?).

Ora aí está uma ideia: ponham os dirigentes da função pública a fazer estágios em empresas de fronteira, que já cá temos muitas. Ou que o INA organize com elas os seus cursos. E, em ambos os casos, que essas empresas tenham poder para aprovar ou não os alunos, com o rigor com que segui essa recente contratação para cargo sénior que referi. Ela que conte o que foi o processo de seleção. Nem Sócrates teria sido admitido como "manager".

P. S. - E há casos extremos. Férias de Páscoa para os alunos, porque não para os professores? Entrei hoje numa universidade. Nenhum lugar ocupado no estacionamento, tudo vazio. O colega com quem me fui encontrar é carola, estava a trabalhar num edifício deserto.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário. Os comentários de leitores não identificáveis não serão publicados.