Excerto de uma entrevista de Francisco Louçã ao Correio da Manhã.
– Considera que Vítor Gaspar foi uma escolha acertada para comandar as Finanças do País no actual momento de dificuldades que atravessamos?
– Acredito que aplicará o memorando [da troika] da melhor forma que puder. Mas na verdade há um catálogo de medidas que têm de ser cumpridas, não há, de facto, muita margem.
Que medidas do plano de resgate, vulgo memorando, têm mesmo de ser cumpridas, para o coordenador do BE que defende a “renegociação” da dívida? Esta afirmação de Louçã é um espanto, porque a ambiguidade da resposta deixa aberto o caminho a todas as interpretações.
Em política, ou isto é propositado e, em geral, é sinal de oportunismo, ou é um erro de palmatória. Será que o BE, depois do dia 5, ficou desnorteado? Os casos Rui Tavares, Daniel Oliveira e até, sibilinamente, Miguel Portas, mais a eleição de Fazenda, fazem crer que sim, que os tempos não andam bons para o BE.
Voltando à notícia do CM, é mesmo tempo de o BE explicar claramente, preto no branco, o que entende por “renegociação”. Será mesmo igualzinho ao que eu e muita gente ilustre entende como “reestruturação”?
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