Dos vários intervenientes na política de emergência tardia na crise europeia da dívida soberana, ministros do Ecofin e Comissão europeia por intermédio do FEEF, FMI, BCE, parece indubitável que é este último o mais ortodoxo. Só atende ao controlo da inflação, limita a sua intervenção na compra de dívida no mercado secundário, não quer ouvir falar em reestruturações, uma catástrofe.
O presidente do BCE chama-se Jean-Claude Trichet.
Nos finais dos anos 80, alguns países da América latina e do leste europeu foram socorridos pelo chamado Plano Brady. Entre outras coisas, houve reestruturação da dívida, com cortes no montante (“haircuts”) mas também emissão de novos títulos que garantiram aos bancos credores, até por via de um instrumento contabilístico (regra FASB 15), compensação do “haircut”. O plano foi concebido e posto em prática pela Reserva Federal dos EUA, pelo FMI, pelo Banco Mundial e pelo “Clube de Paris”, uma organização informal dos países ricos credores.
O presidente de então do Clube de Paris chamava-se Jean-Claude Trichet.
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