Estudos anteriores do Banco de Portugal e outros, até apoiados pelo grão-”nerd”, indicavam que a mexida na TSU era ineficaz ou mesmo perigosa. Tanto quanto sei, não quantificavam os efeitos no emprego.
Um estudo recente que ninguém conhece e que ele não divulga, lá do seu círculo pseudo-académico de iluminados, diz o contrário e ele, sem mais ponderação, sem comparação crítica dos dois estudos, apenas com a fé dos fanáticos que o move, inverteu o rumo. Anuncia efeitos no emprego: criação de 50.000 novos postos de trabalho.
Hoje, um grupo de professores portugueses de economia (pelo menos um dos quais, Luís Aguiar-Conraria, doutorado nos EUA - vejam o seu blogue, “A Destreza das Dúvidas”), publicou no sítio da U. Minho um estudo de contradita, “Emprego e TSU - O impacto no emprego das alterações nas contribuições dos trabalhadores e das empresas”. Anuncia efeitos no emprego: destruição de 68.000 postos de trabalho.
Em que ficamos?
Não sou economista, não sei quem tem razão, embora o meu senso comum me diga que o excedente de tesouraria com que vão ficar as empresas não vai ser aplicado em criação de emprego. Com ou sem mexida na TSU, qual é o empresário que arrisca contratar novos trabalhadores em época de tal crise? E em que é que essa mexida altera a situação das empresas, a maioria, que produzem para o mercado interno, um mercado em depressão? Vão baixar preços, para compradores que viram proporcionalmente muito mais agravado pelo mesmo processo o seu poder de compra? Afinal, a economia é coisa muito difícil de entender?
O que vejo é que esta medida de economista louco e à Frankenstein, posta em prática pelo seu chefe governante pouco dotado e inculto, não tem obviamente fundamentação técnica, que nunca foi experimentada, que é contradita por estudos científicos como este de hoje.
Gaspar é um fanático, talvez mais desviante do que isto, um homem que usa o poder para experimentações de “comprovação” da sua fé, vendo só números no que todos chamamos gente. Nunca um tresloucado teve tal poder em Portugal, desde D. Sebastião. Vamos outra vez para Alcácer Quibir?
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