sexta-feira, 27 de abril de 2012

Açoriano me confesso


Os romeiros de S. Miguel, em semana de penitência de andarilho de volta à ilha, com crença ancestral, do povoamento e do medo dos vulcões e sismos, crença que não tenho mas de que partilho com eles o sentido do profundo, do mistério, da transcendência. É a minha gente, rude como basalto negro e duro, firme de aprendizagem de aguentar com as ondas, sublime de espiritualidade alimentada pelo horizonte tão distante, mar a perder de vista. Ilhéus toscos! ("private joke" que me é muito querida).

Quem quiser saber mais alguma coisa sobre este património cultural único em Portugal pode ler uma descrição minha e outra da minha mãe.

A latere - nestes dois últimos dias, estive num congresso em Espanha. No jantar de ontem, conversei muito com duas colegas que se apresentaram como vindas de uma certa região, a que eu respondi logo "ah, macaronésias como eu". Depois, excelente conversa de ilhéus toscos, elas canarinas, eu açoriano.

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