sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A Espanha aqui tão perto

Talvez não adiante muito, prevendo-se que o PSOE vai perder as eleições. Mas é significativo que tenha ouvido há pouco, ao vivo, as declarações convergentes de Zapatero e do seu sucessor, Rubalcaba. Mesmo que sejamos cínicos, significam pelo menos que eles as considerem boa bandeira eleitoral para domingo. Mas afinal o que disseram?
Que o Banco Central Europeu (BCE) foi constituído com transferência de funções dos bancos centrais dos países do euro e que não está a assegurar aquilo que competia, bem, a esses bancos. Que o BCE não se pode preocupar só com a inflação, tem de agir para a solução da crise da dívida dos países periféricos.
É verdade que este BCE foi aprovado por um governo PSOE. Em todo o caso, isto é hoje dizer muito, contra o dogma merkosyano, nada que o nosso governo diga. E mostra que, se houvesse um mínimo de coluna vertebral política nos países pequenos (e a Espanha não é nada pequena), podia constituir-se uma frente política a bater o pé ao domínio euro-imperial dos grandes. E até que a Inglaterra (já deu sinais hoje) caia em si a pensar que este novo eixo continental é coisa que os afeta, mesmo sem estarem na eurolândia.

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