Portanto, vou só referir-me a um aspeto marginal (sem relação direta com o caso em foco), tal como hoje noticiado. No currículo do candidato a licenciado, figuram funções políticas, funções partidárias e atividades privadas. Estas parecem-me surpreendentes.
Consultor da Sociedade Barrocas, Sarmento e Neves, SA; consultor do Grupo SGS – Societé Générale de Surveillance; consultor da ROOF; administrador da Prointec; vice-presidente e membro do Conselho Geral do Instituto Progresso e Social-democracia Francisco Sá Carneiro; director da revista "Templários-Turismo".
A Sociedade Barrocas, Sarmento e Neves é uma conhecida e antiga firma de advogados. Como pode ser consultor de uma firma de advogados um político que só tem uma disciplina feita do curso de direito? Ou se é na sua qualidade de político, que consultas dá? Sobre relações entre políticos e advogados, sobre oportunidades de encomendas de legislação? Que promiscuidade!
E que qualificação tem para ser “consultor” de uma empresa de segurança, de uma imobiliária ou administrador de uma empresa de inovação tecnológica? Esta mistura de política e negócios desta geração partidária feita à pressa, sem valores, oportunista, servindo-se mas para isso servindo outros, é um veneno para a democracia. “E não se pode exterminá-la?”...
NOTA - Algum leitor menos cuidadoso, depois de ver a minha declaração de interesses, poderá pensar que obtive estes dados curriculares do processo do aluno. Não conheço o processo. Obtive-os, como se vê pelo "link", de uma notícia de jornal.
NOTA - Algum leitor menos cuidadoso, depois de ver a minha declaração de interesses, poderá pensar que obtive estes dados curriculares do processo do aluno. Não conheço o processo. Obtive-os, como se vê pelo "link", de uma notícia de jornal.
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