Segundo notícia recente,
A maioria dos cidadãos gregos defende que o Governo devia negociar com Bruxelas as condições impostas para a ajuda financeira, mesmo que isso possa significar a saída do euro, segundo uma sondagem publicada hoje no semanário grego To Vima.De acordo com a sondagem, 73,9 por cento dos gregos querem que as autoridades nacionais insistam na renegociação das condições impostas para o resgate, admitindo o risco de sair da moeda única, enquanto apenas 15,5 por cento defende que o Executivo deve cumprir os compromissos assumidos.
Que hipóteses há de a troika aceitar uma renegociação do resgate? Pode-se ir para uma reestruturação da dívida muito para além da simples renegociação com a troika? A saída do euro é uma desgraça, como diz a esquerda europeiófila (BE e seus amigos) ou não? Quais as consequências da saída do euro?
Nada disto importa, de momento, como proposta concreta, impossível sem muito estudo. São assuntos muito sérios, a merecer discussão aprofundada. Neste momento, a separação das águas é entre quem aceita discutir estas questões e quem as tem por tabu. Tabu é considerar, à arco troikiano português, que tem de se cumprir obrigatoriamente o memorando, ir mais longe para merecer credibilidade, ganhar a festinha dos credores e dos mandaretes do conluio neo-liberal (Merkel e seus anexos, Barroso e CE, BCE, FMI, o bando de economistas-comentadores portugueses, etc.), e, mais do que tudo, ter a oportunidade religiosa, de graça divina, de poder pôr em prática um projeto fanático, religioso-ideológico, de mudança da sociedade. Ser-lhes-há garantido lugar no paraíso à direita de Deus Pai. Primeiro lugar para Gaspar.
Não havendo sondagens recentes, vamos pelos últimos dados eleitorais: 80% dos portugueses, sendo eles gente honesta e julgando que a economia política - Salazar dixit - é transposição da economia doméstica, acha que é indiscutível o domínio troikiano.
Na Grécia, só são 15,5% que pensam assim.
Não há dúvida: “nós não somos gregos”!.
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