terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pela boca morre o peixe (II)

O ministro da Economia, o Álvaro, como quer ser chamado à maneira de académico canadiano pré-ministro, ficou muito conhecido por livros até muito interessantes, escritos em linguagem simples, a explicar a economia. No último, “Portugal na hora da verdade”, um dos seus cavalos de batalha, e muito bem, foi a denúncia do escândalo, porventura fraudulento, das parcerias público-privadas (PPP).
Vê-se agora na proposta de OE que os encargos líquidos das PPP para 2012 vão baixar 35%. Parece muito, mas ainda ficam 1036 milhões de euros de compromissos, só num ano. E se pensarmos nos compromissos totais, pelos anos fora, não só para este OE, são 26 mil milhões de euros. Não desvalorizando a redução de 35%, acho que pode ser vista como muito, mas também como muito pouco para estes meses de governação de um ministro que considerava antes as PPP como um cancro da economia portuguesa. Eu bem disse que pela boca morreria o peixe.

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